Com mil arranjos e uma vida desarrumada.
Me arranjam trabalhos, problemas e despesas.
Me arrumo saudade, e vez ou outra me arrumo,
E vou matá-la!
E desarrumado parece que sempre estou,
E mal arranjado, e, ironicamente,
Arranjador de muitas canções.
E fazendo canções pra ver se me vê menos desarrumado.
Menos desafinado, menos desalinhado.
Pra não arrebentar essa linha de 240 km que nos une.
Linha de aço, que resiste aos meus nervos aflorados.
E resiste ao tempo, e resiste ao translado.
Eu, que me arranjei com você do meu lado,
Mesmo que esse lado não seja facilmente alcançado.
E que não sendo assim tão alinhado, me faço arrumado.
Pra você me ver abobado e admirado
Pelo afinado tom da nossa música,
No arranjo afiado da nossa melodia.