Vivo atormentado
por lembranças do passado,
marcas que ficaram
em frente e verso, de lado-a-lado.
Vivo porque isto
ainda é involuntário.
Vivo como roupa velha
esquecida no armário.
Vivo por tão pouco
e tão pouco vivo pelo que tenho,
cedo ou tarde serei só osso;
Enquanto moço, só isso eu temo.
Vivo me vendo passando um veneno
de noites tão longas e dias pequenos,
sentindo chuva, trovão e vento
onde há apenas sereno.
Vivo de histórias
que eu mesmo invento:
Contos de fadas,
pobres lamentos.
Vivo calado e sigo dizendo:
Palavra boa, só escrevendo,
quando se fala não se percebe,
quando se ouve está desatento.
2 comentários:
eu adoro suas loucuras...
e adoro as coisas q vc escreve!
e é por isso q vc é meu amigoooooooooo!!
=DD
Meu amigo não conhecia essa sua veia de escritor. Fiquei surpreso e muito feliz, achei muito bom. Fica com Deus.
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