Coração cigano que vive na trincheira
À espreita de uma nova, e inocente amoreira
Que por engano se deita com qualquer suspeita
E se aproveita do momento, e só. Não se respeita.
Coração cigano, sangrando sob essa amoreira
Usando de palavras em tom de besteira
Trocando as pernas, tocando as mãos
Sentindo frio, fome e paixão
Esse coração cigano, ao que tudo indica
De nada serve, pro ouvido ou pra escrita.
Se entrincheira em amorosas amoras
Amorenadas pelo sol sobre a amoreira
Um coração cigano, lesado e mundano,
Cansando a toa, causando o pranto
Do peito, no canto esquerdo e no pano
O que resta pra limpar o que sujou a amora.
Um comentário:
Que gostoso é te ler de novo.
Adoro amoras...está na época? Se tiver por lá trás pra mim, tá?
Bjusss
Ana.
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