“Em tempos de maré baixa
A vida fica que nem água:
Insípida, inodora e incolor.”
“Vida escoada. Chorada.
E no seu leito derramada.
Cadenciada na correnteza irregular
Da geografia do seu curso.
A cada curva, cada pedra, e,
Cada queda, uma aventura.
Na correria das corredeiras
Dessa vida suada, de encharcar,
Pouco tempo se tem para perceber
O encher d’água dos olhos,
E o bem-estar mareado.
E a vida, chuva de mistérios,
Segue malhada, segue pingada,
E segue molhada de tempestades.
E o triunfo da vida é
Faze-la não se conter, até transbordar.”
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