quarta-feira, 16 de junho de 2010

Guria - Allyson Alves

Guria dos olhos que nunca me olharam;
Da pele que nunca senti o calor;
Da voz que eu nunca ouvi;
Do sorriso que nunca vi sorrir.

Guria de perto, de longe de mim.
Das idéias que faz, e das que faço de ti.
Guria das Gerais, geralmente... Por ali...
Dos versos tímidos, que aqui escrevi.

Guria das muitas palavras.
E que do simples, me pergunta, algo assim.
Das imagens que produzo, nessa mente cineasta;
Das conversas que temos, sem que a voz se faça ouvir.

Guria da face disfarçada,
E das tiradas engraçadas, e das que tiram do sério.
Das meias palavras...
E das que eu digo, sempre sincero.

Guria do olhar brilhante e do desfocado,
Que deve ser culpa da minha própria vista.
Guria que nem sei por que assim chamei,
Se de mim nada sabe... E de ti pouco sei.

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