Acometido de uma certa estranheza...
Eu não tenho certeza.
Daquilo que penso, não sei o que é certo
Ou o que é besteira.
Acometido de uma certa frieza...
Parece rancor, parece tristeza,
Assim de mau humor
Me falta destreza
Pra que nessa confusão eu sincronize
O tempo da raiva, e o de respirar...
Respirar para sufoca-la.
Acometido de qualquer estupidez
Eu desconto em pobres humanos
Que pagam por estar ao meu entorno
Eu seco as palavras, e mesquinho o olhar
Eu ouço o que quero, e falo quando quero falar
Eu, sem saber por que, espero
E das pessoas, nunca se pode esperar
Porque cada um vive pra si
E por viver para si, se esquecem como se vive.
E acometido de qualquer insanidade
Eu piso em falso, derrubo alguns sonhos
E tentando me manter de pé, me seguro
Em gente que sequer conhece o próprio caminho.
Eu não sei do meu pra onde vai.
Mas sempre que posso, escolho a direção.
Acometido de alguma distração
Esqueço pra onde apontei.
E cada vez que me procuro nas trilhas
Me perco no enorme labirinto
Das pessoas que eu encontrei.
Um comentário:
Que estranho... Você lê mentes?
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