quinta-feira, 1 de julho de 2010

Desabafo n°3 - Allyson Alves

Ando fazendo juras de amor eterno
Pra quem quiser aproveitar qualquer palavra,
Qualquer frase ou verso que eu diga,
Que eu repita, que eu me contradiga,
Ou que me faça contrariar.

Faço sempre juras de amor eterno
Querendo que vingue, ou não querendo.
Querendo que seja mentira, que seja verdade,
Querendo fingir que não quero querer jurar.
Mas quero. E quero escrevê-las pro vento não levar.

De cá com minhas juras de amor eterno,
Que nunca chegam a nenhum lugar.
Lugar nenhum de onde não me respondem,
Mas também não me dizem pra não mais jurar.

Eu juro. Juro mesmo, amor eterno.
Juro porque é verdade, e se é verdade,
Não há pecado no meu juramento,
Nem no estranho acontecimento
Do que chamam de amar.

Amo mesmo essa vida, que me ensina.
Vida que me permite tombos e conquistas.
Vida essa companheira, que na falta de companhia,
Me permite vir às palavras, e acompanhar.

Faço dessas pobres e simples palavras
Nem um pouco rebuscadas,
Nem tão bem trabalhadas,
Me fazer jurar, que tenho comigo amor eterno.
Tenho comigo a permissão de jurar

E estou a jurar amor eterno
Pra quando vier, pra quanto vier a durar.
Eterno é o amor, enquanto se pode amar.
Eternas são as juras, enquanto ser pode jurar.
Só eu não sou eterno, pra saber se vai vingar.

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