sábado, 3 de julho de 2010

Embolada - Allyson Alves

A noite anda meio calada
E eu tão a fim de papo...
As estrelas hoje não me dizem nada
Eu me sinto como quase nada.

As minhas mãos estão cansadas,
Faço canções, acordes e notas que nunca são notadas.
As minhas palavras deixo anotadas.
E noto que nada mais faço por mim.

A noite continua calada
Assim parece que o tempo não passa.
E passo pro papel as minhas histórias.
Escritas em linhas imaginárias.

Frente ao espelho eu escondo a minha cara.
Nem tenho cara pra me encarar assim cara-a-cara.
Tenho algumas fraquezas que deixo guardadas,
E alguma destreza um pouco confusa... Embolada.

E a minha vida segue embalada ladeira acima.
Segue sangrando e cicatrizando, segue afiada.
E no fio da lâmina da minha vida, corto a escuridão.
Talvez cortando a língua dessa noite... Tão calada.

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