Estou num beco.
Não é escuro, não é sujo,
Nenhum marginal à minha espreita,
E nada que me atraia nesse beco.
Mas aqui estou sem medo do beco,
E do que me aguarda do lado de lá.
Não é o beco que eu temo.
Temo a mim, e só.
Temo o que farei com o beco,
O que deixarei quando passar.
Como vou pisar no próximo passo
E a quantas o passo vai me deixar caminhar.
Caminho no beco, meu único caminho,
Sem desvio, sem curva, sem placas, sem trilho.
Caminho só, mas não só caminho.
O deixo com marcas, marcas que me envelhecem.
E a cada marca, cada ruga, cada passo,
Cada rumo que eu traço nessa reta
O beco me respeita mais, e se estreita mais,
E me força a provar, enfim, que sou eu que mando nele.
E mando em mim, e me desobedeço.
E me vejo andando, cego do que sou
Mudo de respostas. Surdo de consciência?
De caráter sólido, firme e incontestável.
No fim do beco tem a morte a me esperar.
Mas até lá falta muito, muito pra caminhar.
E o beco se alonga todo dia, porque bem sabe
Que eu ainda tenho muita vida pra andar.
Um comentário:
Allyson, vou perguntar por aqui mesmo rs.
tipo, você vai viajar né? você volta a tempo da festa ou não vai mais ter festa?
aqui o blog que eu te falei:
http://menteinsana-corposao.blogspot.com/
Beijos!
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