quarta-feira, 7 de abril de 2010

Sonhar é preciso, porém, impreciso. - Allyson Alves

Tenho cá meus motivos pra pensar que algumas coisas nessa vida têm nexo, outras não fazem o menor sentido. Tive um sonho estranho em que numa feliz festa de despedida pra mim, onde todos os meus amigos estavam reunidos, uma guria que eu nunca vi pessoalmente me chega pra se despedir. Aí o sonho acabou.

Esse negócio de interpretar sonhos ainda está além da minha capacidade de compreensão. Que festa de despedida? Por qual motivo? E por que uma pessoa que eu só conheço virtualmente me apareceu? O que ela representava? Andei por aí perguntando, e até que as opiniões acabaram se cruzando em determinados aspectos. Mas não se fez menos intrigante, nem menos incômodo e preocupante.

Sinceramente eu prefiro sonhar acordado em determinados momentos. Pelo menos quando sonho acordado, tenho a impressão de que sou eu que escolho e encaminho o sonho. Mas talvez seja só impressão, porque às vezes não encaminho e nem escolho coisa nenhuma.

Adoro sonhos. Adoro sonhar, seja como for, é sempre interessante, até mesmo quando deixa uma incógnita na cabeça, uma interrogação insistente. Nesse dia eu tentei retomar o sonho, pra ver se ele continuava de onde parou. Não consegui. Eu creio que é possível, difícil, mas possível. Já sonhei por três dias seguidos a mesma história que parecia estar dividida em três capítulos, sonhava um capítulo por dia.

Sonhos às vezes me assombram, às vezes me acalmam, às vezes me revelam coisas. Como o dia que eu penei pra tocar a introdução da música “Drão” do Gilberto Gil, da forma como o próprio Gil faz, e não consegui. Ao dormir, sonhei com a disposição das notas pelo braço do violão e como eu poderia tocá-las. Juro que acordei logo em seguida sem motivo algum, corri pro violão e estava certo aquilo que eu tinha sonhado. Há alguns anos, me assombravam sonhos em que eu sempre me via nas ferragens retorcidas de um carro no instante seguinte do acidente. Esse então eu sonhei muitas vezes, um assombro terrível.

Me acalma sonhar que eu estou lá na serra da Mantiqueira, na varanda lá de casa assistindo a tarde. Me acalma sonhar com crianças correndo ao meu redor fazendo bagunça. Me acalma sonhar com uma pessoa amada, da família, dos amigos, que um dia eu vou conhecer pra amar ou dos que já se foram e ainda são amados. E, ao mesmo tempo em que me estimula hiperatividade, também me acalma sonhar com o palco, com a música, seja qual for. Seja a minha banda, seja com meus companheiros de Cia, seja eu só com meu violão e a voz que me foi vestida quando vim ao mundo.

Eu creio nas mensagens dos sonhos, sem ser paranóico. Em certos momentos os sonhos te ajudam, outros eles te avisam e outros servem apenas para entreter um sono tranqüilo, ou um momento de desconexão do mundo (se estiver sonhando acordado). O sonho é o espaço livre de cada um, para ser o que quiser e fazer o que quiser. É por vezes a voz do anjo da guarda. Um instante de descobertas quando não há mais nada lhe impedindo de descobrir.

O sonho funciona como uma TV particular e independente, que sintoniza-se quando bem entende e transmite programações variadas do próprio subconsciente.

Querem um bom conselho? Sonhem!

3 comentários:

Ana! disse...

Por isso é que eu quero mesmo é continuar tecendo, por que só assim é que eu consigo sonhar...

Leon Silva disse...

q isso ein allyson....profundo porem otimo!!!!!
concordo demais com vc e compreendo q tais sonhos n devem ser apenas desprezados, muitos devem ser postos a reflexao propria
abração...

Flavio Braga disse...

mt bom o texto, Allyson!
sonho realmente é uma coisa engraçada... foi como te falei, vc sonha com alguma coisaque parece ter um significado claro, mas na verdade tem outro significado e a gente acaba ficando tonto no meio dessa confusão toda, hehe
abraço!