sábado, 8 de maio de 2010

Casa de forro - Allyson Alves

Casa de forro.
Cama de cobertor.
Rede na varanda.
Cachorro companheiro.
Estrada pra ver.
Passarinho pra alegrar.
Vizinho pra conversar.
O sol que se pára pra olhar.
Verde, por todos os lados.
Vacas, mulas, cavalos, porco,
Galinha, inseto, canto de sapos.
Frio de bater o queixo.
Sol de queimar a pele.
Água de mina.
Cheiro de mato.
De leite fervido,
E café passado.
Bochechas rosadas.
Sotaque de lá.
Molecada solta.
Liberdade que se estranha.
Paz que te invade.
Pôr do sol.
Algumas luzes se acendem.
Barulho do vento.
Cantoria de bêbados.
E fecha-se o bar.
Silencio que quase há
Mas o grilo não deixa.
De longe se ouve o rio
Chamando pra dentro.
Pra casa de forro.
Pro sono que vem.
Descansar pro amanhã.

Um comentário:

Rafaela Tavares disse...

aiii que saudade do que eu não tive rs

ohhh cidade cinza heim...